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O que é OEE na produção e como melhorá-lo?

Gráfico de melhoria OEE

Introdução

Em um mundo de mercados globais e competitivos, marcados por uma concorrência constante, compreender o desempenho de uma empresa torna-se essencial para identificar caminhos de melhoria. Para isso, a melhor bússola que indica a direção a ser seguida é, sem dúvida, o OEE (Overall Equipment Effectiveness), ou em português, Eficiência Global dos Equipamentos.
Toda indústria moderna busca constantemente alcançar o máximo de eficiência e produtividade — algo que é crucial para a sua sustentabilidade. É justamente nesse ponto que o OEE na manufatura atua como reflexo e métrica essencial, ajudando as organizações a analisar, compreender e identificar áreas de melhoria no desempenho de seus processos produtivos.

O que é OEE?

Criado por Seiichi Nakajima como parte da metodologia TPM (Total Productive Maintenance), o termo OEE é uma abreviação de “Eficiência Global dos Equipamentos” e é considerado uma métrica essencial na indústria para avaliar a eficácia da execução dos processos de manufatura.

De forma geral, o OEE na manufatura é um indicador-chave de desempenho (KPI), expresso em forma de porcentagem. Ele é calculado multiplicando os índices dos três pilares de avaliação: Disponibilidade, Performance e Qualidade.
Disponibilidade no OEE

Disponibilidade no OEE

Mede o percentual do tempo em que o equipamento está realmente disponível para produzir produtos. Analisa os períodos de inatividade.

Performance no OEE

Performance no OEE

Avalia o desempenho da máquina enquanto está operando. Destaca o tempo de ciclo e a velocidade real de produção.

Qualidade no OEE

Qualidade no OEE

Considera a proporção de produtos bons produzidos em relação ao total de unidades fabricadas. Aborda as taxas de defeitos e desperdícios.

Por que o OEE (Eficiência Global dos Equipamentos) é importante na manufatura?

Toda empresa deve entender a importância do OEE como um indicador da saúde e eficiência de seus processos. Utilizar esse indicador na manufatura permite compreender o conceito de OEE em um contexto prático, oferecendo uma visão abrangente do estado geral da produção.

Considere os seguintes pontos relevantes sobre o OEE:

Como KPI

Como KPI

Como Métrica de Cálculo

Como Métrica de Cálculo

Como valor indicativo do processo

Como valor indicativo do processo

Como KPI financeiro

Como KPI financeiro

Benefícios de melhorar o OEE sob a ótica dos processos e das finanças

Redução de custos

Redução de custos

Maior eficiência operacional reduz custos ao minimizar paradas não programadas, desperdícios e retrabalhos. Se você pensa que o OEE é apenas um indicador de processo, considere que, em muitas indústrias, uma perda de apenas 1% no OEE pode representar prejuízos financeiros significativos.

Aumento da produtividade

Aumento da produtividade

Melhorar o OEE na manufatura permite elevar o desempenho utilizando os mesmos recursos. O benefício é produzir mais — com maior qualidade e volume — usando menos tempo, menos esforço, menos custos e com menos erros.

Vantagem competitiva

Vantagem competitiva

Empresas com um OEE médio a alto entregam produtos com mais qualidade, dentro dos prazos, aumentando sua competitividade no mercado e elevando os níveis de satisfação do cliente.

Entre em contato hoje mesmo para saber como podemos ajudá-lo a implementar e obter capacitação no uso da nossa solução Smart Factory MOM. Conte com a nossa equipe para superar qualquer obstáculo rumo à otimização da sua manufatura.

Como melhorar o OEE na manufatura?

Toda empresa deseja melhorar seus níveis de OEE, o que envolve equilibrar perdas e custos. Mas por onde começar — e como fazer isso de forma eficaz? Para alcançar um OEE mais elevado em sua empresa, recomendamos seguir uma metodologia simples, dividida em quatro passos práticos:

Passo 1: Avalie o OEE atual com as ferramentas e dados disponíveis

Antes de iniciar qualquer iniciativa de melhoria, o primeiro passo é avaliar o seu OEE atual, utilizando as ferramentas e dados que já estão à sua disposição. Essa análise inicial ajudará a estabelecer uma linha de base de desempenho, oferecendo uma visão clara sobre o quão bem seus equipamentos e processos estão funcionando hoje.
Em outras palavras: meça e analise seu OEE (Eficiência Global dos Equipamentos) atual e defina seu ponto de partida. Isso pode ser feito avaliando separadamente os três pilares do OEE: Disponibilidade, Performance e Qualidade.
Detalhar os componentes do OEE permite identificar áreas específicas de melhoria — garantindo ações focadas em vez de abordagens genéricas.
Ter essa medição inicial vai permitir que você:
Como calcular o OEE?

Como calcular o OEE?

Confira o passo a passo para calcular a Eficiência Global dos Equipamentos (OEE) em nosso guia completo.
O cálculo do OEE pode ser facilmente realizado com o auxílio de softwares especializados, que oferecem dados em tempo real sobre o desempenho das máquinas, tempo de inatividade e gargalos de produção. Essas soluções permitem identificar rapidamente onde estão ocorrendo as perdas e tomar decisões com mais agilidade e precisão.

Passo 2: Entenda o seu índice de OEE atual

Depois de conhecer o valor atual do seu OEE, é essencial interpretá-lo corretamente. Como métrica global, o OEE fornece uma visão geral do desempenho produtivo. Já cada um dos seus pilares mostra como eles contribuem individualmente para o resultado final. Para compreender melhor o que significa o índice atual de OEE da sua empresa, utilize a seguinte tabela simplificada de classificação:
Entenda sua proporção atual de OEE

Se o seu índice de OEE estiver em um patamar médio a muito baixo, o primeiro passo é identificar qual dos três pilares do OEE (disponibilidade, desempenho ou qualidade) apresenta o menor valor e contribui mais para a ineficiência global. Esse pilar – ou aqueles – deve ser a prioridade imediata de melhoria, pois representam o elo mais fraco da operação.

Foque nesse pilar de baixo desempenho e tome medidas específicas, analisando as causas fundamentais da ineficiência. Alguns exemplos:

a. Disponibilidade: Problemas muitas vezes ocorrem devido a paradas não planejadas frequentes, tempos de troca prolongados ou atrasos na manutenção.

b. Desempenho: Podem advir de máquinas operando abaixo de suas velocidades de projeto, apresentando microparadas ou ciclos lentos.

c. Qualidade: Podem ser causados por taxas elevadas de defeitos, excesso de resíduos ou retrabalhos frequentes.

Adotar essa abordagem, concentrando-se no pilar específico com baixo desempenho, você obtém melhores resultados, como:

  • Adoção de medidas precisas e focalizadas para melhorar o OEE geral.
  • Evitar a dispersão de esforços e recursos em áreas de menor prioridade.
  • Abordar diretamente os fatores mais críticos que impactam a eficiência da produção.

Estar em um patamar confortável pode levar a que a empresa perca o foco em otimizar ainda mais. O ideal é trabalhar para aumentar a consistência em todos os pilares e eliminar aquelas “pequenas fugas” que limitam o avanço para níveis de OEE superiores.

Mesmo que o índice seja bom, é importante evitar a complacência e continuar impulsionando um desempenho superior e a melhoria contínua.

Empresas que se enquadram nessa faixa merecem reconhecimento. Se você está nesse patamar, pode considerar que sua operação atinge um nível de classe mundial em termos de OEE. Embora atingir 100% seja, na prática, pouco realista, estar acima de 85% significa que sua empresa está entre as melhores do setor.

Nesse estágio, a operação é altamente eficiente; entretanto, como se costuma dizer, alcançar esse nível pode ser mais simples do que mantê-lo. Portanto, a atenção deve estar voltada à conservação desse desempenho, enquanto se busca obter benefícios incrementais que se reflitam financeiramente.

Passo 3: Melhoria do OEE por meio das Melhores Práticas – A Regra de Melhoria do OEE da Fábrica Inteligente 5x3

Uma forma efetiva de aprimorar os pilares do OEE na manufatura é implementar as melhores práticas do setor. Para isso, apresentamos o método da regra 5×3 para a melhoria do OEE. Esse método adota um enfoque prático e sistemático, considerando as 5 melhores práticas para otimizar cada um dos 3 pilares fundamentais do OEE: Disponibilidade, Performance e Qualidade.
1.1 Manutenção Preventiva: Programe manutenções regulares para evitar falhas inesperadas.

Exemplo: Planeje inspeções periódicas – semanais, mensais, semestrais e anuais – ou baseadas no número de horas de uso para a verificação da máquina, reduzindo tempos de inatividade não planejados.

1.2 Minimização do Tempo de Setup: Utilize técnicas SMED (troca de ferramenta em um minuto) para reduzir os tempos de preparação de máquina (setup).

Exemplo: Organize previamente ferramentas, peças e componentes para a próxima operação, garantindo que estejam prontos antes do término do ciclo atual.

1.3 Melhoria da Precisão na Programação: Assegure programações de produção precisas para evitar intervalos de inatividade entre ordens.

Exemplo: Busque reduzir as variações no tempo entre ordens com uma programação consistente, evitando paradas desnecessárias.

1.4 Monitoramento e Otimização do Controle dos Eventos de Inatividade: Registre e analise todos os motivos de paradas para implementar melhorias específicas.

Exemplo: Utilize sistemas de monitoramento do tempo de inatividade para detectar tendências e identificar pontos de melhoria nas causas de paradas não programadas.

1.5 Implementação de Manutenção Autônoma: Capacite os operadores para realizarem tarefas básicas de manutenção, evitando interrupções maiores.

Exemplo: A adoção de procedimentos de manutenção claros ou sistemas operacionais digitais (SOPs eletrônicos) podem ajudar os operadores a realizar tarefas simples que previnem problemas grandes.

2.1 Redução/Controle do Tempo de Ciclo: Analise e otimize a velocidade das máquinas para minimizar o tempo de produção por unidade.

Exemplo: Realize testes ou consulte o fabricante para ajustar configurações que otimizem a velocidade, sem comprometer a qualidade, considerando a capacidade máxima com a qualidade necessária.

2.2 Eliminação de Microparadas: Identifique e solucione pequenas interrupções que, apesar de eventuais, podem reduzir significativamente a produção.

Exemplo: Pequenos problemas recorrentes, como a falha de um sensor a cada 100 peças em uma produção de milhões, podem causar mais impacto do que resolver um evento isolado de maior duração.

2.3 Otimização do Fluxo e Disponibilidade de Materiais: Garanta que os materiais estejam sempre disponíveis, no momento e local adequados.

Exemplo: Implemente um sistema Kanban para evitar faltas de material ou realize um controle de estoque prévio ao início de cada produção.

2.4 Melhoria da Eficiência dos Operadores: Proporcione capacitação contínua e forneça ferramentas que otimizem o desempenho dos operadores, reduzindo atrasos.

Exemplo: Utilize sistemas de treinamento eletrônico contínuo, interfaces guiadas ou procedimentos digitais que minimizem erros e atrasos.

2.5 Padronização das Melhores Práticas: Desenvolva e implemente procedimentos operacionais padrão para assegurar um desempenho uniforme e consistente.

Exemplo: Crie procedimentos claros e padronizados, incluindo listas de verificação, para facilitar o monitoramento e a melhoria contínua, com comunicação direta e eficaz.

3.1 Monitoramento da Qualidade em Tempo Real: Utilize sensores e softwares que possibilitem a avaliação da qualidade durante a produção.

Exemplo: Instale sistemas de visão autonoma que rejeitem peças defeituosas, adicione contadores automáticos de peças aprovadas ou implemente relatórios eletrônicos de aceitação/rejeição para uma gestão ativa da qualidade.

3.2 Redução da Variabilidade do Processo: Estandarize e controle os parâmetros operacionais para garantir uma qualidade consistente dos produtos.

Exemplo: Aplique controles estatísticos de processo (SPC), utilizando dados dos sensores para ajustar, em tempo real, as configurações da máquina.

3.3 Capacitação dos Operadores para a Resolução de Problemas de Qualidade: Ofereça treinamento aprofundado sobre a operação dos equipamentos, focado nos padrões de qualidade.

Exemplo: Treine os operadores para identificar, prevenir e resolver defeitos durante o

3.4 Implementação de Análise de Causa Raiz (RCA): Analise os defeitos para identificar e corrigir suas causas fundamentais.

Exemplo: Utilize diagramas de espinha de peixe ou árvores de causas para investigar problemas recorrentes e implementar soluções eficazes.

3.5 Inspeções Automatizadas: Automatize inspeções em áreas estratégicas do processo para detectar defeitos precocemente.

Exemplo: Divida o processo em etapas-chaves de qualidade e integre câmeras de inspeção em pontos críticos, permitindo a identificação de defeitos antes da inspeção final.

Passo 4: Definir o próximo objetivo de OEE a ser alcançado (OEE esperado)

Após concluir os três passos desta metodologia para melhorar seu OEE — avaliação do estado atual, interpretação dos resultados e aplicação das melhores práticas — você estará pronto para definir o próximo objetivo. Lembre-se: a melhoria contínua não é um destino final, mas sim um processo constante. Por isso, é fundamental estabelecer uma meta clara, que oriente as ações necessárias para alcançá-la e mantenha o foco no progresso contínuo da eficiência.

Qual deve ser o objetivo de OEE na manufatura?

Definir uma meta de OEE pode parecer desafiador, mas uma referência amplamente adotada na indústria é atingir um OEE de 85%. Esse valor é considerado um indicador de classe mundial e representa um desempenho operacional de alto nível, almejado por muitas empresas. Embora alcançar esse patamar seja ambicioso, aproximar-se dele deve ser o foco principal de toda iniciativa de melhoria contínua.
Uma estratégia eficaz e funcional para avançar nesse caminho é estabelecer metas incrementais, que possam ser atingidas passo a passo — sem deixar de ser ousadas e objetivas. Distribuir essas metas ao longo do tempo, visando aumentar gradualmente o desempenho, cria um caminho estruturado e realista para a evolução do OEE.
Exemplos de metas de melhoria gradual:
Qualquer uma dessas abordagens permite um avanço constante, com foco realista, ao mesmo tempo em que evita sobrecarregar os times ou extrapolar os recursos disponíveis. Além disso, ao definir marcos menores e mais alcançáveis, sua equipe se mantém motivada, seguindo um plano claro e bem direcionado de melhoria contínua.
A chave está em equilibrar ambição com praticidade, garantindo que cada passo contribua para uma operação mais eficiente e alinhada aos padrões de excelência global — gerando resultados concretos a curto, médio e longo prazo.

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